segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Quem Somos nós Para Julgar?

Não julguem, e vocês não serão julgados. Não condenem, e não serão condenados. Perdoem, e serão perdoados. Lucas 6:37

Muitos conhecem a história daquele homem que, num dia chuvoso, saía para seu trabalho e descobriu que todos os guarda-chuvas que estavam em casa precisavam de conserto. Através dos anos, os filhos tinham crescido, deixando um número de guarda-chuvas que a família ainda possuía. Na primeira busca, encontrou quase uma dúzia. Sem muita vontade, tomou alguns deles para levar para consertar.

No fim do dia, passou numa lanchonete antes de voltar para casa e, ao sair, pegou por engano um guarda-chuva que não era o dele. Antes que ele chegasse à porta, o dono do guarda-chuva o alcançou e pediu-o de volta. O homem ficou embaraçado e pediu desculpas.
Saiu dali, foi à loja de consertos, pegou os guarda-chuvas consertados e tomou um ônibus. Duas paradas à frente, entrou um senhor que logo disse: “Bem, vejo que você foi bem-sucedido hoje.” Era o homem cujo guarda-chuva tinha sido pego por engano no restaurante. Nenhuma explicação por parte daquele que consertara os guarda-chuvas convenceria seu acusador de que ele era qualquer coisa menos um ladrão de guarda-chuvas.

Essa é mais uma demonstração de como atribuímos motivos e saltamos rapidamente para conclusões que não estavam na ação nem na intenção da pessoa.

No sermão do monte, Jesus fez uma afirmação corajosa e um mandado difícil: “Não julguem, e vocês não serão julgados.”

Podemos usar a palavra “julgar” de duas maneiras: pode ser o ato de discernir ou diferenciar entre duas coisas. Falamos sobre julgar entre o bem e o mal, o certo e o errado. Mas não é a isso que Jesus está Se referindo.

Os judeus, por exemplo, se viam melhores e mais aceitáveis a Deus do que os gentios – especialmente os fariseus, envoltos em seu manto de justiça própria.

Posso considerar uma pessoa e/ou grupo como errados, mas se essa percepção me levar a desvalorizar a pessoa e/ou o grupo, também estou errado.

“Não se ponham como norma. Não façam de suas opiniões, seus pontos de vista quanto ao dever, suas interpretações da Escritura, um critério para outros, condenando-os em seu coração se não atingem seu ideal” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 124).

Como nenhum de nós está isento de argueiro ou trave no olho, é melhor não falar, não julgar e, antes, dar uma olhadinha em nós mesmos.